Nas últimas décadas, houve esforços consideráveis para o aumento da produção do trigo, ou seja, para que o trigo plantado pudesse render mais. Todo esse aumento na produtividade da plantação do trigo é focado no glúten.

Nos últimos 40 anos, a concentração de glúten no trigo aumentou 4 vezes. Assim, o trigo que nós consumimos atualmente não é o mesmo trigo de Jesus Cristo ingeria, por exemplo. Por isso, hoje em dia, nenhum organismo humano lida bem com a transgenicidade deste trigo que é consumido diariamente, mesmo aqueles indivíduos que não apresentam hipersensibilidade a este composto de proteínas denominado glúten.

Felizmente, hoje podemos ir ao mercado e encontrar pães e massas sem glúten, o que, aliás, é recomendável para o nosso organismo, inclusive para quem não tenha esta hipersensibilidade ao glúten. Essa mudança na alimentação é benéfica para diversos aspectos de saúde. Um deles, os tremores: em muitos casos, os tremores são hereditários, já que o avô tremia, o pai tremia e, agora, o neto também apresenta esta condição. Ela, porém, costuma ser causada justamente pelo consumo de glúten por quem apresenta hipersensibilidade à substância. Há evidências de que, na maioria dos casos, após a suspensão do glúten na dieta, os tremores desapareceram.

Algumas pessoas apresentam, ainda, reação à caseína do leite. Na composição de proteínas presentes no leite, 87% delas são formadas pela caseína. Certas vacas possuem em seu leite a caseína tipo 1, e outras, a caseína tipo 2. 

Tipo 1 : mais alérgena, causando mais alergia, otite e dermatite atópica. Esse tipo de leite é encontrado na vaca holandesa, que pode produzir cerca de 70 litros de leite por dia.

Tipo 2: menos alérgena, sendo mais facilmente digerida. Esse tipo de leite é encontrado na vaca zebu, que produz de 3 a 4 litros de leite por dia.

Muitas vezes, o produtor de leite acaba selecionado a vaca holandesa, já que a sua produção de leite é maior. Porém, como dito acima, esse tipo de leite acaba gerando uma rejeição maior por parte do organismo humano.

Portanto, é preciso concluir que o consumo de alimentos sem glúten é o mais indicado, já que o "problema" não está no trigo em si, mas no excesso de glúten que encontramos hoje em dia nos alimentos à base de trigo.